sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O lixeiro tem diabetes?




Muito temos discutido de novidades no tratamento do diabetes. Vale lembrar que até 1922 pacientes diabéticos tipo 1 não viviam mas sim sobreviviam, pois simplesmente não havia sido ainda desenvolvido este bendito remédio chamado insulina.

Os pacientes diabéticos há mais tempo vão se lembrar das seringas de vidro com agulha grossa e que tinham de ser fervidos a cada nova aplicação.

Seringa de vidro utilizada na década de 20 (reutilizáveis)

Mais recentemente seringas de plástico porem com agulhas mais longas e grossas também (ainda disponíveis em vários serviços públicos de saúde).

Seringas de Plástico descartáveis

Felizmente hoje em dia temos canetas de diversos tipos e agulhas de tão pequenas como a de 4 mm recentemente lançada no mercado nacional. Sem nenhuma demagogia, as aplicações de insulina hoje são praticamente indolores. Muitas vezes alguns pacientes acham que é mais dolorida a picadinha no dedo para medir a glicemia do que a picadinha da aplicação de insulina. Obviamente que quando o paciente se auto-aplica a insulina a chance de doer é menor pois ele mesmo calibra a força da aplicação e leva menos susto e tem menos dor.

Glúteos (bumbum), braço, coxas e abdome são os locais apropriados para a aplicação da insulina e para não gerar deforminades e ferimentos deve-se fazer rodízio de aplicação frequentemente.

Mas o que o lixeiro tem de comum com o diabetes?

A resposta é bem simples: onde jogamos fora as seringas usadas, as agulhas, as tiras reativas de glicemia? 

Pois bem. A maioria das pessoas ainda joga estes resíduos no lixo comum. E se o lixeiro ou um animal ou mesmo uma criança inadvertidamente se cortar com estes materiais? E o meio ambiente?
E se o paciente diabético também tiver hepatite B, ou AIDS? Este material poderá contaminar outras pessoas.

Para evitar estes e vários outros problemas lembre-se de manter estes resíduos em locais adequados dentro de casa. Pode-se armazená-los dentro de garrafa plástica de refrigerante ou de uma lata de leite em pó ou numa lata de achocolatado vazias (sempre tampadas).


Seringas de insulina em garrafas PET


Quanto estiverem cheios, o paciente ou seus familiares devem levar este material ao posto de saúde mais próximo, ou no hospital, ou solicitar a presença de coleta de lixo hospitalar à prefeitura.